“Eu estou muito feliz e surpresa com o desempenho deles, tendo em vista que esse torneio contém questões de nível de graduação. Não é comum alunos de nível médio se aventurarem e chegarem onde chegaram”, revela a professora Ana Maria Cardoso, coordenadora dos(as) alunos(as) finalistas do Torneio Virtual de Química (TVQ), Gildo Neto e Maria Helena Marinho ambos do 3º ano do Curso Técnico Integrado em Mecânica e Carlos Eduardo, do 2º ano também do Curso Técnico Integrado em Mecânica.

O TVQ é uma competição realizada por estudantes de graduação dos cursos de Química e de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e busca estimular o interesse e o estudo da Química, bem como também incentivar a entrada de alunos mais motivados nas universidades, em especial no que concerne às áreas de ciências exatas e biomédicas.

Segundo a professora Ana Maria, no processo de preparação ela colaborou com orientações básicas sobre referências bibliográficas com bases científicas construídas ao longo do desenvolvimento das disciplinas de Química I e Química II, mas o principal fator deste resultado foi a grande força de vontade deles(as). “Estudaram sozinhos(as), pesquisaram sozinhos(as). Eles(as) acreditaram que podiam ir mais além e foram. Estão maravilhados(as), mais confiantes e certos(as), de que, com esforço podem chegar a qualquer distância”, destacou a coordenadora Ana.

O torneio consiste em 3 fases. As duas primeiras fases não são presenciais e são constituídas por questões que abordam assuntos em geral pouco triviais ao ensino médio, podendo ser realizadas em grupos de até três alunos, como um estímulo à consulta à literatura e à discussão com professores. Já a terceira e última fase é presencial e ocorrerá na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no dia 30 de novembro.

O aluno Carlos Eduardo confessa que, no início, ele e os(as) colegas sentiram um pouco dificuldade. “O torneio trabalha assuntos mais complexos, muitos vistos apenas no ensino superior de uma faculdade de química, por exemplo, mas, com muita determinação e estudo, conseguimos resolver as questões propostas”, disse Carlos.

Para os(as) finalistas, a sensação deste momento é poder estimular os outros alunos da Instituição, além de obterem experiência acadêmica. Já para a professora, toda a trajetória desses alunos na competição mostra o esforço, a autonomia e a confiança neles mesmos estimulada pelo Campus Mossoró. “Eles se aventuraram nesta viagem (fases do Torneio) porque são muito autônomos nos estudos. É um grande legado que essa escola deixa para quem passa por aqui: aprender a estudar e acreditar no potencial que tem”, expressa Ana.