Eles estudam informática, edificações, eletrotécnica, geologia e mineração, mas também são feras em história do Brasil. Nove alunos dos cursos técnicos integrados do IFRN estão se destacando, com êxito, na I Olimpíada Nacional de História do Brasil, promovida pela Universidade de Campinas-SP (Unicamp). Agora eles devem ir à Campinas-SP, onde ocorre a final da Olimpíada, entre os dias 12 e 13 de dezembro.

Os alunos estão empolgados com a viagem e revelam porque o estudo do passado é tão interessante. “História me ensina a pensar e propor soluções para imaginar o que acontece no mundo”, afirma Frankswell Soares, um dos finalistas. “Saber o fato histórico é fácil. O difícil é contextualizá-lo e responder corretamente às questões. Este foi o nosso maior desafio”, completa Jocekleyton Ramalho, outro aluno finalista.

Anderson Dias Viana estuda informática no Instituto Federal, mas aprendeu a gostar de história porque convive com a ciência dentro de casa. “Meus pais são historiadores. Tive influência deles, mas também aprendi por vontade própria a gostar de estudar os fatos do passado”.

Assim como outros seis estudantes do IFRN, os alunos participaram da olimpíada, e obtiveram êxito nas cinco fases preliminares. Nelas os alunos respondiam, pela internet, às questões propostas. Na última fase, a Unicamp selecionou as 300 melhores equipes, entre quase quatro mil inscritas em todo o Brasil. As três equipes do Instituto Federal estão classificadas para a fase final.

Três equipes

As três equipes são coordenadas pelos professores de história do Campus Natal-Central, Francisco Carlos Oliveira de Sousa e Eduardo Matos Lopes, da Diretoria de Educação e Ciência (DIEC).

São três alunos em cada equipe:

• Informados, composta pelos estudantes do 4º ano do curso técnico em informática, Anderson Dias Viana, Frankswell Soares e Jocekleyton Ramalho
• Ignis divine, formada pelos alunos Elias Jeferson de Melo Silva, Nayara Oliveira da Silva e Valéria Ferreira de Medeiros, todos estudantes de edificações, e
  
• Potiguares, composta por Ana Beatriz Andrade de Oliveira, Luiz de França Afonso Ferreira Filho e Victor Jorge Silva (eletrotécnica)

Houve uma substituição na equipe que vai viajar a Campinas. Como, por motivos pessoais, o estudante Luiz de França não vai se fazer presente, ele foi substituído por Delano Augusto Lucena de Medeiros, do curso de geologia e mineração.

Orgulho para professores

Os dois professores estão orgulhosos de suas equipes. “Todas elas são boas. A ‘Ignis divine’, por exemplo, foi a primeira do RN e a trigésima colocada em todo o país. Pelas regras da Olimpíada, os alunos terão passagem e hospedagem pagas pelo Museu Exploratório de Ciências, de Campinas”, destaca o professor Francisco Carlos.

Os dois professores estão empenhados para levar os alunos das outras equipes à final da Olimpíada Nacional. “Estamos tentando conseguir as passagens com a Secretaria de Educação Tecnológica do Ministério da Educação, em Brasília”, frisou o professor Eduardo.