COEN
Comitê de Ensino discute retorno remoto
Gestores acadêmicos trataram de datas e da formação de comissões
Publicada em 07/08/2020 ― Atualizada em 30 de Março de 2023 às 06:51

Em reunião extraordinária, o Comitê de Ensino do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Coen/IFRN) tinha como pauta três pontos de discussão:
- Retorno às aulas, de forma remota;
- Nomeação de comissões para a construção de calendário acadêmico e para discussão de estratégias de retorno; e
- Ferramentas disponíveis para o ensino remoto.
Realizado, via Teams, na tarde da última quarta (5), o encontro
contou com a presença do reitor pro
tempore do IFRN, professor Josué Moreira, e do diretor de Gestão da Tecnologia
da Informação, Charles Freitas, além dos membros do Coen: gestores da
Pró-Reitoria de Ensino e diretores e diretoras acadêmicas dos campi.
Citando o Regimento Geral do IFRN, o pró-reitor de Ensino, professor
José Ribeiro, passou a presidência da reunião ao professor Josué. Logo após,
foi lida a ata da reunião anterior do Comitê, aprovada com ressalvas. Ressalvas
estas apontadas por Leonardo Duarte e Gilmara Freire, das Diretorias Acadêmicas
dos campi Currais Novos e Santa Cruz,
respectivamente.
Orientação sistêmica
Na abertura da discussão do primeiro ponto de pauta, Josué
Moreira destacou, aos diretores e diretoras acadêmicas presentes à reunião
virtual, a importância da decisão que esperava do Comitê: “os senhores e as
senhoras estão representando cada campus.
A decisão tomada será entendida de forma coletiva, pois acredito que a representação
deste Comitê tem a total confiança do diretor-geral e da comunidade acadêmica
que está representando”, disse. A resposta da gestão acadêmica dos campi veio
em forma de ponderação sobre a urgência e precedência em se definir as
comissões de trabalho para o calendário e para as estratégias de retorno antes
de se apontar uma data específica para retomada das atividades acadêmicas. Outro
ponto abordado foi a natureza consultiva – e não deliberativa do Comitê: “Não
cabe ao Coen tomar decisões. Ainda que nós possamos indicar um caminho, isso
precisa ser dialogado com a comunidade de cada campus, pois temos realidades diferentes em cada um dos 22 campi”, alertou Gilmara. A diretora acadêmica
do Campus Ipanguaçu, Luciana
Medeiros, fez coro o que disse sua colega: “todos queremos o retorno, mas de
modo organizado e com a devida orientação sistêmica. Para isso, julgamos que é
menos importante definir uma data e muito mais funcional e prático sabermos
como serão conduzidas questões como capacitação docente, o modelo do calendário
e a atenção às questões de conectividade de estudantes”.
O reitor pro tempore,
então paralisou os posicionamentos e apontou uma votação sobre datas para
retorno, indicando – como sugestão dos membros do Coen – cinco opções possíveis:
31 de agosto, 21 de setembro, 28 de setembro. A 4ª opção era por uma data indefinida
e a 5ª, para quem decidisse se abster de votar. Como resultado: 15 abstenções (soba
a alegação de que não cabe ao Comitê deliberar e sim ao Consup), sete representantes
votaram numa data indefinida, quatro votos foram dados à proposta do dia 31 de
agosto, dois votos para o retorno em 21 de setembro; ninguém votou na proposta
do dia do 28/9. O encaminhamento do presidente da reunião foi de levar a
votação para conhecimento do Colégio de Dirigentes (Codir) e do Conselho
Superior (Consup), que teriam proposto a discussão do tema no Coen.
Comissões
Partindo para a pauta de Formação das Comissões, os integrantes
do Comitê apresentaram uma proposta diferente da encaminhada pelo professor
Josué. Enquanto a gestão propunha a nomeação de duas comissões, com cinco, sete
ou nove integrantes dentre diretores e diretoras acadêmicas. Encabeçada pelo
professor Elionardo Melo, do Campus Currais
Novos, a proposição das Diac’s era de as comissões serem formadas a partir da
articulação com os campi, ouvindo
integrantes das Coordenação de Atividades Estudantis (Psicologia e Assistência
Social), as Equipes Técnico-Pedagógicas e coordenadores de curso, que teriam
assento no grupo. Os nomes indicados seriam encaminhados ao Gabinete da
Reitoria entre segunda e quarta-feira (10 e 12 de agosto). A gestão pro tempore ainda sugeriu uma terceira
via, a indicação de componentes para as comissões e a complementação posterior,
com a inserção de consultores, ligados à área acadêmica, com nomes sugeridos
por seus próprios integrantes.
Diante de sua própria negativa em encaminhar votação entre
as propostas, o reitor pro tempore
ressaltou a inexistência de regimento que regulamente as reuniões do Comitê de
Ensino e apontou para a urgência em definir a data de retorno e as duas
comissões, demanda que disse ser acompanhada pelo Ministério Público Federal. A
discordância entre os dois pontos de vista levou ao encerramento da reunião sem
formação das comissões e sem discussão do último ponto de pauta. Josué Moreira disse, no fim do encontro, que pode, legalmente,
apontar nomes para as comissões, ao que assegurou dar andamento.