PANDEMIA DA COVID-19
IFRN completa um ano de distanciamento social
Articulação entre os campi e a Reitoria priorizam a manutenção da vida e das ações de Ensino, Pesquisa e Extensão
Publicada em 17/03/2021 ― Atualizada em 30 de Março de 2023 às 07:02

Por Cleyton Fernandes
Se é a natureza humana festejar e
celebrar datas e marcos importantes, a pandemia de Covid-19 subverteu
mais um conceito. Neste dia 17 de março de 2021, completa-se um ano
desde a
decisão do Colégio de Dirigentes do Instituto Federal do Rio Grande do
Norte
(Codir/IFRN) em suspender as atividades acadêmicas e administrativas
presenciais
nas 22 duas unidades da Instituição. A orientação institucional foi
anunciada após apresentação feita pelo então
recém-criado Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do IFRN. Naquele
momento, ainda não havia infectados, mas a suspeita de que já pudessem
existir casos não diagnosticados entre estudantes do Instituto foi
determinante para a paralisação das atividades presenciais.
Iniciavam-se ali uma série de
ações para pensar, estruturar e executar estratégias de organização para
continuidade do trabalho, que passou a ser realizado preferencialmente
de forma remota. Para marcar esta data, sem festa ou comemoração, a
Assessoria de Comunicação Social e
Eventos da Reitoria – com o apoio das Coordenações de Comunicação Social
e
Eventos dos campi – preparou vídeos e
textos, que serão divulgados durante os próximos dias. As publicações
buscam
dar visibilidade ao que foi feito por estudantes e servidores nesses 365
dias, em que o Brasil chega ao número de 282.127 mortes de suas cidadãs
e cidadãos. O objetivo é dar transparência ao que vem sendo realizado a
fim de atravessar essa fase e manter o Ensino, a Pesquisa e a Extensão
prestando os seus serviços à sociedade potiguar.
Mesmo distantes fisicamente, as
servidoras e os servidores do IFRN elaboraram os planos de contingência
ao novo coronavírus, realizaram mais de 23 mil atendimentos de
assistência estudantil, reformularam as orientações didáticas para o
novo formato de aulas (on-line), produziram insumos de proteção à saúde
para distribuição em instituições públicas da região, realizaram 464
agendamentos de atendimentos pelo Plantão Psicológico a estudantes e
servidores, além de reinventar as formas de manter em funcionamento 508
projetos de pesquisa e inovação e 219 de extensão. Abaixo, uma relação
de atividades
diretamente ligadas ao enfrentamento à pandemia, com ações voltadas à
saúde e à
assistência a estudantes e servidores.
Enfrentamento à Covid-19
Além das orientações, o Comitê de Enfrentamento à
Covid-19 no IFRN trabalhou na formulação de protocolos de
biossegurança como o Plano de Contingência do Instituto, tendo ainda coordenado
ações junto aos Comitês locais nos campi
e capitaneado atividades como os plantões psicológicos a estudantes e
servidores, que já somam 464 atendimentos. Presidindo o Comitê desde o início, o odontólogo Thiago
Antônio Raulino, lotado no Campus
Natal-Cidade Alta do Instituto, faz uma avaliação sobre
as atividades do grupo que lidera desde o primeiro trimestre de 2020:
"Em março do ano passado, nós não fazíamos
ideia do que estava por vir. Nosso trabalho ao longo do tempo
foi se modificando. Inicialmente buscávamos conscientizar a nossa comunidade
acerca do que era a doença, a cada nova descoberta que era feita sobre o vírus,
depois buscamos construir uma rede dentro da Instituição, com a instalação dos comitês
locais, para que pudéssemos adotar medidas – internamente – e preparar a nós e
as nossas instalações para a nova realidade que estamos vivenciando no
mundo, mesmo depois de um ano de pandemia.
Foi um período de muito trabalho,
que não respeitou noites, madrugadas, finais de semana, mas que, sem
dúvida, foi melhor de ser vivenciado por estarmos num grupo comprometido com o
bem-estar e a saúde da nossa comunidade. O comitê segue
alerta, acompanhando os cenários, buscando conhecimento, acreditando na
ciência, discutindo soluções e prezando pela saúde de todos aqueles que compõem a comunidade do IFRN”, disse Thiago Raulino.
Assistência Estudantil
Uma das maiores fontes de
reconhecimento da função social desempenhada pelo IFRN em seus 111 anos
como
instituição de ensino, a atenção à Assistência Estudantil foi redobrada
nesse período, com mais de 23 mil atendimentos, sejam na manutenção
de programas – como o Apoio à Formação Estudantil (Pafe) -, nas bolsas
de formação
profissional ou na concessão de auxílios para aquisição de serviços de
internet, de dispositivos
eletrônicos e de material didático-pedagógico a estudantes em
vulnerabilidade social. Para viabilizar a permanência desse grupo de
estudantes em aula, os campi distribuíram ainda mais de 20 mil cestas
básicas. Valéria Regina Oliveira – diretora
de Gestão de Atividades Estudantis (Digae/IFRN) - destaca o que
foi feito nessa área durante os últimos doze meses:
Tipo | Quantidade |
Atendimentos para concessão de auxílios, bolsas e participação em programas | 10.611 |
Atendimentos de saúde | 4.635 |
Concessão de auxílios digitais (equipamentos eletrônicos e serviços de internet) | 8.095 |
Total | 23.341 |
“Em 2020, em função da necessidade de
se enfrentar o desafio da pandemia de Covid-19, a Digae/IFRN necessitou
reorganizar a implementação das ações e programas da Assistência
Estudantil, uma vez que a urgência passou a ser incluir o máximo possível de
estudantes no Ensino Remoto Emergencial; com esse foco, passamos a
operacionalizar os auxílios e ações emergenciais de Assistência Estudantil. Contudo, além deste novo desafio, programas
como: alimentação escolar, bolsa de formação profissional, auxílio eventual e
moradia continuaram ocorrendo. É preciso reforçar que milhares de estudantes
dos nossos campi não deixaram de estar em condições
de vulnerabilidade socioeconômica. Ao contrário: os estudos nacionais têm
apontado que a pandemia só acirrou a desigualdade social, o que reflete
diretamente nas condições de vida e de sobrevivência de nosso corpo discente
diante das suas possibilidades de acesso à educação, saúde e demais direitos
sociais”, disse Valéria.
TODOS OS ESFORÇOS PARA A PERMANÊNCIA E O ÊXITO DOS ESTUDANTES
De acordo com o pró-reitor de Ensino do
Instituto, professor Dante Moura, todas as ações da Instituição se
articulam tendo como prioridade três coisas: a segurança da comunidade
acadêmica, a permanência dos estudantes em aula e a manutenção da
qualidade do ensino, respeitando os preceitos do Projeto Político
Pedagógico (PPP) do Instituto. Para isso, a Pró-Reitoria de Ensino vem
se reunindo mais de uma vez por mês com os gestores da área dos campi,
que formam o Comitê de Ensino (Coen). Nessas reuniões, são avaliadas as
informações trazidas pelo Comitê Covid-19 e pelas comissões temáticas
formadas para debater a situação. Uma das mais importantes é a que vem
planejando o retorno híbrido e presencial das aulas. "Não temos como
dizer uma data. O agravamento da pandemia nos mostra um cenário cheio de
incertezas, mas estamos trabalhando para ter caminhos a percorrer de
forma a garantir a segurança de toda comunidade. O nosso norte é a
manutenção da excelência do ensino prestado pelo IFRN, articulando a
pesquisa e a inovação e a extensão", declarou.
Norteados por esse rumo, todas as áreas
da Instituição caminham juntas. É com base no trabalho dessas comissões
que as pró-reitorias de Administração e de Planejamento e
Desenvolvimento Institucional vêm reavaliando constantemente os
planejamentos realizados, com busca a garantir as condições necessárias
para que os estudantes do IFRN continuem sendo atendidos da melhor forma
possível. "Acompanhamos as avaliações dos comitês e comissões e
encaminhamos o debate do uso dos recursos com o Colégio de Dirigentes.
Neste momento, o foco é a assistência estudantil, com o objetivo de
manter nossos alunos com vulnerabilidade social em aula, com os auxílios
necessários. Nos últimos anos, tivemos perdas orçamentárias
significativas, mas nossa prioridade é a vida. Quando for possível
voltar ao presencial, a Pró-Reitoria de Administração e os gestores dos
campi vão garantir os insumos e a estrutura necessária à biossegurança",
explicou a pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional,
Antonia Silva.
Segundo André Gustavo, diretor de
Gestão da Tecnologia da Informação do IFRN, na área de TI foram
articuladas ações para viabilizar um melhor uso dos meios digitais,
essenciais neste primeiro ano de pandemia: “ainda
no começo, logo após suspensão das atividades acadêmicas e
administrativas
presenciais, coordenamos palestras com a Microsoft, para capacitação de
docentes e professores e técnicos-administrativos junto à Plataforma
Teams, que
passou a ser o meio ‘oficial’ de comunicação institucional, para
reuniões de
setor, reuniões sistêmicas e dos colegiados do IFRN, por exemplo. Num
segundo
momento, o professor Airton de Souza Jr., do Campus Parnamirim, deu um curso de capacitação sobre Formação em Ensino
Híbrido, que abrangeu todos os campi e buscou apoiar o processo de retomada do
ensino, em sua forma remota. Outra coisa relevante realizada nesse período foi
a instituição do processo de matrícula online, dentro do contexto da
transformação digital. A matrícula online está funcionando e garantindo a
segurança sanitária para a comunidade - servidores e estudantes – que ingressam
no Instituto”, apontou André.
O professor José Arnóbio,
reitor do IFRN, também falou sobre o cenário de pandemia e suas implicações
para a Instituição: "a preservação da vida tem que estar em primeiro
lugar. Estamos diante de um agravamento do cenário, com o número de casos de
Covid-19 crescendo de forma exponencial no estado e no país como um todo. Isso reforça
a certeza de que ainda é tempo de nos mantermos distantes fisicamente, como medida
para minimizar esse agravamento. Por outro lado, quero parabenizar docentes e
servidores técnicos-administrativos, que tiveram que se reinventar nessa
pandemia, construindo um outro olhar e fazer acadêmico nas atividades de Ensino,
de Pesquisa e de Extensão. Quero dizer aos alunos que estão ansiosos pela
retomada das atividades presenciais: a gente precisa ter um pouco mais de
paciência! Paciência para que a gente possa suplantar todas as dificuldades e,
num futuro bem próximo, possamos acolher novamente cada um de vocês, junto às
servidoras e os servidores do IFRN, nos nossos campi", declarou.
MAIS AÇÕES
Não somente no âmbito sistêmico
se deram as ações e intervenções do IFRN durante este ano de distanciamento social.
Servidores, estudantes, pais, familiares e voluntários fizeram a diferença nas
cidades ligadas aos 22 campi do
Instituto no Rio Grande do Norte. Para mostrar as atividades desempenhadas,
faremos – ainda nesta semana – outras publicações, trazendo um extrato do que a
comunidade IFRN tem desenvolvido e entregado à sociedade, seja no Ensino, na Pesquisa ou na Extensão,
para colaborar com o Enfrentamento à Covid-19 no estado e no país.
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