MODERNIZAÇÃO
IFRN promove transformação digital no setor acadêmico
Certificados, diplomas e pasta documental dos estudantes passam a ser digitais
Publicada em 07/04/2021 ― Atualizada em 30 de Março de 2023 às 06:59

A tecnologia nunca fez tanto parte da vida cotidiana; quase tudo está
ao passo de um ‘clic’. A imersão para o mundo on-line tornou-se cada
vez mais necessária, proporcionando mais praticidade e economia.
Seguindo essa linha, o IFRN vem promovendo uma série de transformações
digitais nas áreas administrativas e de ensino.
Assim, a Pró-Reitoria de Ensino (Proen/IFRN), por meio da Diretoria
de Administração Acadêmica (Diaac/IFRN), em parceria com a Diretoria de
Gestão em Tecnologia da Informação (DIGTI/IFRN), estão implantando a
digitalização de todos os documentos dos estudantes. Com isso, o arquivo
até então físico passa a ser digital e os alunos do Instituto, em
breve, poderão emitir todos os certificados e diplomas de forma digital.
Passam a ser digitais também as atas de apresentação dos Trabalhos de
Conclusão de Curso (TCC) e requerimentos acadêmicos. Para realizar ou
ter acesso, basta o estudante acessar o Suap, sistema acadêmico e
administrativo desenvolvido pela DIGTI e utilizado em mais de 30
instituições de todo o país.
O reitor do IFRN, professor José Arnóbio, ressaltou a importância
dessas mudanças, afirmando que a digitalização dos instrumentos legais
da Instituição é fundamental para dar agilidade ao processo de emissão e
ainda gerar economia. “A tecnologia e o desenvolvimento científico
acabam tendo um papel preponderante para as instituições públicas de
ensino, principalmente em um momento como esse, de cortes orçamentários
nas instituições de ensino do país. Então, ações como essas, além de
demonstrar à sociedade a pujança do IFRN com relação a elas, do ponto de
vista operacional da Instituição, representam economia. É isso o que
chamamos no serviço público de eficiência e eficácia. Essas ações são
eficientes e eficazes com a gestão dos recursos públicos e é uma
possibilidade de mostrar à sociedade o quanto uma instituição, como o
IFRN, pode ser importante para a sociedade como um todo”, ressaltou o
reitor.
Módulo de emissão de certificados de cursos de Formação Inicial Continuada (FIC) digitais
Fruto da parceria entre a Proen/IFRN e a DIGTI/IFRN, através da
Coordenação de Sistemas da Informação (Cosinf/IFRN), a emissão de
certificados de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) vinculados
ao Programa Novos Caminhos, no Campus Natal-Zona Leste, foi implementada no dia 5 de fevereiro de 2021 e entrou em execução no dia 8 do mesmo mês.
A iniciativa tem por base leis e portarias, como a N° 330, de 5 de
abril de 2018, a qual diz, em seu artigo I, que “fica instituído o
diploma digital no âmbito das instituições de ensino superior, públicas e
privadas, pertencentes ao sistema federal de ensino”.
O novo método de emissão tem como objetivo:
- Se adequar às exigências legais;
- Diminuir a burocracia e o tempo de emissão dos documentos;
- Otimizar o processo de emissão atual;
- Diminuir custos; e
- Adicionar uma camada de segurança.
O diretor da Diaac, Frederico Augusto, conta que, no dia 9 deste mês,
foram emitidos, no IFRN Zona Leste, 26 certificados de pós-graduação
pelo antigo processo de emissão – a ação durou 4 horas. Ele relembra que
foi preciso obter a assinatura do diretor-geral do Campus, do
diretor acadêmico e do reitor do Instituto. Os estudantes deveriam
receber os certificados cerca de 15 dias após sua emissão. Em
comparação, ainda no dia 9, foram emitidos, de forma digital, 149
históricos e certificados dos cursos FIC, no tempo de 20 minutos. “Há
uma diferença absurda, o estudante (que antes precisava agendar a
retirada do certificado) recebe um email com o link para download. Esses
149 documentos poderiam ser milhares. A emissão e a assinatura são
feitas em lote”, disse.
A secretária acadêmica do Campus Zona Leste do IFRN,
Pollyana de Carvalho Medeiros, comemora mais esse avanço do Instituto:
“a automatização dos serviços tem sido uma solução muito importante para
o Campus. Em 2020, aplicamos a oferta de cursos a distância,
e, com a matrícula on-line implantada pelo Instituto junto ao Catálogo
Digital do GOV.BR, tivemos uma grande demanda de alunos que residem em
outras regiões do Brasil”.
Pollyana comemora a agilidade resultante do novo módulo de emissão
dos certificados: “ao término do curso, vimos um impasse no momento da
certificação, pois, com o documento físico, essas pessoas não teriam a
menor condição de fazer a retirada de forma presencial e o envio pelos
Correios seria muito oneroso. A implantação da emissão de certificados
digitais possibilitou que esses alunos recebessem o certificado
diretamente no email e ainda foi importante para reduzir custos de
material, de impressão e de tempo de trabalho da secretaria e do
diretor, pois, em poucos minutos, conseguimos emitir, assinar e entregar
certificados históricos. Com o documento físico, esse processo chegava a
demorar até duas semanas para ser disponibilizado para retirada”.
Outra característica dos novos certificados digitais é a segurança,
como explica Frederico: “são vários os custos envolvidos para constatar
se um histórico, diploma ou certificado é verídico. Com essa nova forma
de emissão, isso é feito ao passo de ‘clic’, onde se verifica a
veracidade do documento”. “É um diploma muito mais seguro, porque até a
assinatura feita no papel é fácil de ser falsificada. Com a assinatura
‘linkada’ a um Blockchain (base de dados) ou a uma chave no nosso
(Suap), isso já impossibilita uma possível fraude”.
O que dizem os estudantes
Alcione Olinto Galvão, 43 anos, fez o curso de Assistente de
Secretaria Escolar e já recebeu seu certificado de conclusão. Ela afirma
está satisfeita com a emissão digital, especialmente estando em meio a
uma pandemia, onde o isolamento social é uma das principais ações
preventivas. “Gostei muito. Um dos maiores benefícios é a agilidade,
pois o aluno não precisa ir ao Campus buscar o certificado. A estudante
certificada ainda conta que possui todos os documentos digitalizados, o
que resulta em praticidade: “muitos concursos, hoje, pedem para anexar
os documentos”, declarou.
Já Nathália Maria, de 21 anos, realizou o curso FIC Auxiliar
Administrativo e em breve será um dos muitos alunos a receberem o
diploma digital. “Mil vezes melhor. A gente está em uma era mais
atualizada. Prefiro desse modo porque posso salvar no meu Drive, pendrive e
imprimir, caso necessário”. A jovem conta que a maioria das empresas
para as quais buscou uma vaga de emprego realizou testes de forma
virtual. O diploma digital, segundo Nathália, vem para facilitar o
processo de adicionar qualificação em casos como esse.
Emissão de diplomas de nível técnico e superior e certificados de pós-graduação
Outra ação que está sendo desenvolvida é o módulo de assinatura de
diplomas de nível técnico e superior e certificados de pós-graduação. O
lançamento do módulo deve ocorrer em torno de um mês. O diretor da
Diaac/IFRN explica que essa ação possui uma legislação própria. “Nós
vamos utilizar um token (mídia criptográfica), com o
certificado da Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), e ele
precisa de um módulo externo, que é da Rede Nacional de Pesquisa e
Ensino (RNP), que desenvolveu esse módulo e nós utilizamos para assinar
os diplomas digitalmente”, contou Frederico.
Sobre a emissão digital dos certificados e diplomas, o diretor da
Diaac/IFRN declara: “Acredito que o IFRN está passando por uma nova
fase. Vai ser um avanço muito grande e uma nova forma de emitir esses
documentos que influenciam a vida das pessoas, pois é o título que elas
levam para apresentar em uma empresa Então eu acho que essa geração de
velocidade, essa diminuição de burocracia e dos custos vai ser uma nova
fase, uma transformação, uma mudança de paradigmas que está nascendo
agora”.
Como atesta o diretor da DIGTI, professor André Gustavo, no momento,
nenhum outro Instituto Federal emite diplomas em formato digital.
“Esperamos que o IFRN seja o primeiro a realizar esse processo”,
comenta. Ainda segundo o diretor, a ação busca “digitalizar o máximo
possível dos documentos e serviços para os alunos”. O professor ainda
afirma que "o foco dessas ações será na simplificação da prestação de
serviços ditos de secretaria, com a priorização pelos canais digitais,
trazendo mais conforto e segurança, tanto para os alunos como para os
servidores que atuam na prestação destes serviços”.
Matrícula On-line e Pasta documental digital dos alunos
Quem é estudante do IFRN já deve ter visto o termo “matrícula
on-line” por diversas vezes aqui no Portal e nas mídias sociais do IFRN.
Essa também é mais uma adaptação que a Instituição realizou, pensando
no bem-estar e conforto daqueles que estão ingressando no Instituto.
Fruto de uma demanda externa e elaborado pela equipe de
desenvolvimento de sistemas do IFRN, o módulo de matrícula on-line
entrou em vigor no ano de 2020, após o início da pandemia mundial do
coronavírus. Entretanto, Frederico Augusto ressalta que a ação
permanecerá no período pós-pandêmico, juntamente com o módulo de
matrículas presenciais.
No ato da matrícula on-line, os estudantes necessitam inserir seus
documentos digitalizados. Dessa forma, foi criada, no ano passado, a
pasta documental do aluno, na qual o estudante faz o upload dos
documentos. No entanto, havia uma questão a ser resolvida: após
inseridos na pasta, os arquivos não podiam ser alterados. “Existia a
necessidade de alteração dessa pasta documental, por exemplo, em casos
de casamento, onde alguém queria inserir a certidão da união; mudança do
nome social; atualização de RG. E antes isso não era possível”, explica
Frederico. Com a atualização da pasta documental, que ocorreu no dia 25
de fevereiro de 2021, há a possibilidade de editar e manter todos os
documentos atualizados pelo estudante.
Atas digitais de Trabalhos de Conclusão de Curso
Com a finalidade de acelerar o processo de conclusão de estudantes do
Instituto, reduzindo burocracias, a emissão das atas de conclusão de
curso é mais uma ação do IFRN que foi atualizada, passando a funcionar a
partir de 25 de fevereiro deste ano.
O analista de tecnologia da informação da Cosinf, Carlos Breno
Pereira Silva, explica que "até então a assinatura era feita de forma
física, através da impressão da ata e a assinatura dos membros, com
caneta. Nós criamos, no Suap, uma funcionalidade de assinatura
eletrônica, o que faz com que o processo se torne mais célere e também
um pouco mais econômico, já que não envolve a impressão de folha
nenhuma; a assinatura é cem por cento via sistema".
Agora, o trabalho de conclusão de curso é lançado de forma semelhante
ao que já se fazia, porém, a divulgação dos resultados e as assinaturas
são feitas por meio do Suap, como diz o diretor da Diaac, Frederico
Augusto: “Basicamente, o assinante, seja interno ou externo do IFRN,
entra no Sistema, e aí já é inserida a assinatura Suap, muito semelhante
à assinatura dos certificados FIC. Às vezes, se resolve em poucos
minutos e fica lá armazenado eletronicamente”, esclarece.
Requerimentos eletrônicos
Finalizando a sequência de mudanças que estão sendo implantadas no
IFRN, estão os requerimentos eletrônicos. Frederico conta que, embora já
exista um simples módulo de requerimento no Suap, durante a pandemia de
Covid-19, a Diaac/IFRN e a DIGTI concluíram que havia a carência por um
módulo mais avançado, a fim de dar mais voz às necessidades dos alunos.
“Ainda estamos começando com os primeiros requerimentos de
automatização, que será os diplomas e certificados digitais. Mas, não
existem só esses requerimentos, há diversos outros”, diz o diretor de
Administração Acadêmica, que explica como é o atual processo: “o aluno
vai na secretaria presencialmente e requisita, por exemplo, um histórico
escolar; então, a secretaria assina um papel e emite o documento.
Atualmente, isso não está sendo possível, porque cada pessoa está em
casa”.
Frederico afirma ainda que o atual módulo de requerimentos está em
fase de desenvolvimento para atender as demandas. Por essa razão, a
Diaac/IFRN, junto à DIGTI/IFRN, tem como prioridade implantar e melhorar
o módulo de requerimentos. “Nós queremos aprimorar o meio de acesso, de
comunicação, de pedidos do aluno, junto aos setores acadêmicos, através
dos requerimentos digitais”. A previsão para o lançamento do novo
módulo é até o começo do segundo semestre de 2021.